sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A menina que roubava livros...


Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes.
E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria,
de tão impressionada, decidisse nos contar sua história,
em A Menina que Roubava Livros,
livro há muito tempo na lista
dos mais vendidos do The New York Times.

Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel,
numa área pobre de Molching, cidade sem graça,
próxima a Munique, ela precisou achar formas
de se convencer do sentido da sua existência.

Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe,
a menina foi largada para sempre
aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann,
um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta.

Ao entrar na nova casa,
trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro.
Num momento de distração,
o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve.
Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria
ao longo dos quatro anos seguintes.

E foram estes livros que nortearam
a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha
era transformada diariamente pela guerra,
dando trabalho dobrado à Morte.

O gosto de rouba-los deu à menina
uma alcunha e uma ocupação;
a sede de conhecimento deu-lhe um propósito.
E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas
e destacou delas seriam mais tarde
aplicadas ao contexto a sua própria vida,
sempre com a assistência de Hans,
acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg,
o judeu do porão, o amigo quase invisível
de quem ela prometera jamais falar.

Há outros personagens fundamentais na história de Liesel,
como Rudy Steiner, seu melhor amigo
e o namorado que ela nunca teve,
ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga
que ela demorou a perceber como tal.

Mas só quem está ao seu lado sempre
e testemunha a dor e a poesia da época
em que Liesel Meminger teve sua vida salva
diariamente pelas palavras, é a nossa narradora.

Um dia todos irão conhece-la.
Mas ter a sua história contada por ela é para poucos.
Tem que valer a pena.

Há muito que uma história não me arrepiava tanto.


Sobre o autor...

MARKUS ZUSAK , Filho de pai austríaco e mãe alemã, o autor australiano decidiu escrever A menina que roubava livros a partir da experiência dos pais sob o nazismo em seus países de origem.

Markus Zusak realizou ampla pesquisa sobre o tema na própria Alemanha, checando informações em Munique e visitando o campo de concentração de Dachau.
Algumas histórias de ficção são recordações de infância da mãe.

Li, gostei... indico...

4 comentários:

  1. Um livro para quem gosta de emoções diversificadas... não é terror, nem suspense...
    mas um jeito
    Começa meio morno...mas não desista...
    Muitas emoções os esperam...

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  2. Amiga, eu li este livro amei.Diante de tanta dificuldade a menina,só queria aprender.
    È realmente emocionante,eu indico...

    Bjksss
    Liege

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  3. Li o livro e fiquei encantada, não só com o enredo e o desfecho do livro, como também pela forma literária, diferente, emocionante. Também o recomendo. Beijos.

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  4. ...ai que lembrança gostosa,
    my God!


    este livro é uma das minhas
    paixões.

    beijinhos, linda!

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As flores...certamente
é a forma que Deus arranjou
de se mostrar a todo instante
em qualquer lugar
a todos os seres do Universo...