
um verdadeiro convite ao sonho,
ao um mundo mágico...
e onde se pode tirar
muitas lições para o real.
Encontrar as palavras para tentar
descrever este livro
é algo uma tarefa difícil demais
e fiquei sem palavra e com a sensação
de que tudo o que possa escrever
será pouco e inexpressivo
perante a riqueza e qualidade deste trabalho.
Mergulhar nos Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez é iniciar uma viagem apaixonante por um mundo imaginário onde a fantasia se mistura com a realidade em tramas de uma doçura, de tal forma eloquente, que ao chegar ao fim da obra é impossível não se sentir atacado por um turbilhão de sentimentos ambivalentes e um gigantesco nó na alma.
O livro conta a história dos Buendía, família Colombiana criadora da aldeia de Macondo, acompanhando-a ao longo de sete gerações recheadas de solidão, magia, amor, ódio, guerras, pragas, incestos, homicídios, sexualidade, politica, religião e tantas outras coisas que acabam por levar os seus descendentes numa viagem admirável alcançando tanto grandes feitos e glórias como grandes desilusões e fracassos.
O tema dominante em Cem Anos de Solidão é, embora várias vezes dissimulado, exatamente a solidão. Ao longo de todo livro, a manipulação temporal que o autor imprime à acção é brilhante, alternando períodos de rápida evolução com outros em que temos a sensação em que tudo estagnou deixando as personagens abandonadas e a viver esquecidas e desprovidas de qualquer poder para alterar um destino que acaba por estar patente desde as primeiras páginas do livro.
O realismo-mágico presente em cada página é um deleite para os sentidos, a forma como os elementos do fantástico são introduzidos no quotidiano tão real de cada personagem é maravilhoso.
O balanceamento entre episódios tão banais como a pobreza e as tarefas cotidianas em contraste com acontecimentos ficcionais como um padre levitante e tapetes voadores, é conseguido de uma forma singular e equilibrada de maneira a não se cair no exagero e disparate, mas suficientemente presente para exaltar a imaginação do reino mágico de cada leitor.
Temos então uma confrontação de mitos, lendas e presságios com elementos científicos e modernos feita de uma forma inteligente e comica que nos levam a questionar e refletir o nosso dia-a-dia.
É admirável a forma como o final se desenha ao longo de toda a obra e se apresenta de uma forma tão evidente mas ao mesmo tempo tão disfarçada.
O trato das personagens, a sua caracterização, o mundo imaginário vivido por cada uma, o seu percurso de vida são fontes de uma riqueza incaracterizável que poucos conseguirão produzir.
Não me vou prolongar com a caracterização da história pois receio estragar e desvendar todos os seus segredos, poderia falar sobre os nomes das personagens, das semelhanças dos seus estilos de vida e do seu significado mas será algo que deixo para o leitor descobrir e analisar. Deixo também um conselho que penso ser precioso; tente elaborar desde o início uma árvore genealógica dos Buendía pois as coisas poder-se-ão tornar um pouco confusas com o decorrer da história.
Um dos detalhes mais assombrosos sobre a criação de Cem Anos de Solidão é o fato de que toda a inspiração dele provém de Aracataca, cidade onde Gabo (apelido seu de criança) nasceu e viveu somente até os oito anos de idade.
Naquela época, Gabriel cresceu com o mundo assombrado de dona Tranquilina, sua avó, que não fazia muita distinção entre os vivos e mortos, e “referia-se a coisas fantásticas como ordinários acontecimentos cotidianos”.

Gabriel José Garcia Márquez, a quem os amigos chamam de Gabo, nasceu às 9 horas da manhã do dia 6 de março de 1928 na aldeia de Aracataca na Colômbia, não muito distante de Barranquilla. Seu pai, homem de onze filhos, tinha uma pequena farmácia homeopática, e seu avô materno era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino. Costumavam levar o neto ao circo; às vezes se detinha na rua, como se sentisse uma pontada, e com um sussurro, inclinando-se para ele, dizia: "Ay, no sabes cuánto pesa um muerto!" - referindo-se a um homem que matara. Gabo tinha 8 anos quando esse avô morreu: "desde então não me aconteceu nada de interessante."
A família deixou então Aracataca (a macondo de seus livros) devido à crise da plantação bananeira, e Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Iniciou o curso de Direito em Bogotá entre 1947 e 1948, e nessa época publicou seu primeiro conto. Trabalhou como jornalista em Cartagena, Barranquilla e depois em El Espectador de Bogotá, onde fez grandes reportagens e críticas de cinema. Em 1955 ganhou um concurso nacional de contos e foi enviado especial do jornal à Conferência dos Quatro Grandes, em Genebra; estudou no Centro Experimental de Cinema de Roma e fez uma viagem de três meses aos paises socialistas, radicando-se depois em Paris. Em 1956 voltou à Colômbia para casar-se com Mercedes Barcha: tem dois filhos: Rodrigo e Gonzalo. Mais tarde trabalhou como jornalista em Caracas e em 1960 foi para New York como representante da Prensa Latina, agência cubana, nas Nações Unidas, indo em seguida para o México, onde viveu seis anos escrevendo roteiros para cinema.
Como influências que considera importante, Garcia Márquez indica as seguintes: Virgínia Woolf, Faulkner, Kafka e Hemingway, do ponto de vista técnico. Do ponto de vista literário, As Mil e Uma Noites, que foi o primeiro livro que leu aos 7 anos, Sófocles e seus avós maternos.
(Biografia extraída do romance Cem anos de Solidão.)CITAÇÕES DO POETA
- Te amo não por quem tu és, se não por quem sou quando estou contigo.
-Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas, e quem as mereça não te farão chorar.
- Só porque alguém não te ama como tu desejas, não significa que não te ame com todo seu ser.
- Um verdadeiro amigo é quem te pega da mão e te toca o coração.
- A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderás ter.
- Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estejas triste porque nunca sabes quem poderá enamorar-se de teu sorriso.
- Podes ser somente uma pessoa para o mundo, mas para alguma pessoa tu és o mundo.
- Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo.
- Quem sabe Deus queira que conheças muita gente enganada antes de que conheças à pessoa adequada, para que quando no fim a conheças , saibas estar agradecido.
- Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu.
- Sempre haverá gente que te machuque, assim, o que tens de fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso com em quem confias duas vezes.
- Converte-te em uma melhor pessoa e assegura-te de saber quem és antes de conhecer mais alguém e esperar que essa pessoa saiba quem és.
- Não te esforces tanto, as melhores coisas acontecem quando menos esperas.AGORA É COM CADA UM... LER OU RELER, EIS A QUESTÃO!